11 de setembro de 2008

Democracia é gay, Fascismo é fixe


Estava a ver uma peça qualquer da RTP Memória - sim, eu sei que esse canal é um dos maiores desperdícios de largura de banda da história da Humanidade, mas a alternativa eram As Tardes da Júlia - quando deparei com uma entrevista feita em 1968 a três aldeões de Carcovedos de Trampões. A princípio julguei que estava a assistir ao rescaldo de um combate de boxe, pois nenhum dos entrevistados possuía mais de 30% da sua dentição, mas logo percebi que era mesmo um programa acerca da vida no campo.
O entrevistador - um senhor dono de uma voz típica dos locutores do Estado Novo, anasalada e reveladora de um cabo de vassoura enfiado no rabo - perguntava a estes três senhores como tinha corrido a vida nesse ano. A isto respondiam os aldeões com um discurso carregado de sotaque e erros gramaticais acerca de colheitas e vacas e o camandro.

Algo estava errado. A cena poderia-se ter passado em 2008, mas havia uma grande diferença: não ouvi uma única queixa. Ali estavam três das criaturas mais pobres à face da terra, cujo conceito de luxo é poder trocar de cuecas todas as semanas, e que de certeza que teriam milhares de razões para se queixarem da vida, mas segundo eles "a vida no campo é difícil, mas a gente aguenta."
Que senhores rijos! Burros que nem penedos e com vistas mais curtas que o pénis de um lutador de sumo, mas verdadeiros exemplos de masculinidade, porque um homem não se queixa nem que lhe estejam a calcar os tomates.

Mudei para a SIC Notícias e alguém estava a ser entrevistado acerca de uma seca qualquer que lhe tinha dado cabo da plantação de nabos. Este senhor, dono de uma dentição completa e perfeitamente alinhada, queixava-se do governo que não tinha feito nada para impedir a seca, e em quem as culpas recaíam totalmente. Presumo que este senhor desejava que os idiotas no poder mandassem um faxe àquela associação internacional que controla o tempo, a pedir chuvinha moderada. Basicamente, um maricas.

Fiquei a remoer aquela experiência e lembrei-me que na primeira entrevista Portugal era uma ditadura, e havia indivíduos no poder com penteados ridículos mas com polícias secretas com técnicas de tortura comprovadas. Já na segunda, feita nos dias de hoje, Portugal é uma democracia, na qual qualquer idiota pode votar, mesmo que seja um grande deficiente da cabeça.
Até vocês, seus eleitores, podem deduzir qual a conclusão inevitável: Ditadura faz de nós homens, democracia torna-nos em maricas.

É um ponto bastante fácil de defender, e esta tabela cheia de factos totalmente imparciais é prova irrefutável:



Tabela I: As virtudes da ditadura são óbvias. Clicar para ver melhor.

As próprias pessoas que lutaram contra a ditadura em Portugal, sem se aperceberem, também concordam que a ditadura foi o melhor que aconteceu a este país. Imaginem onde estaria Mário Soares hoje, se não tivesse existido um Estado Novo para combater? Era provavelmente mais um velho desconhecido num lar de idosos a mijar a fralda.
Mesmo esse grande ícone comunista que foi Álvaro Cunhal, provavelmente vos diria que foi a luta contra a ditadura que fez dele o homem que era. Tenho que admitir que o tipo para comunista era rijo pra camandro, tirando as alturas em que ficava amaricado e escrevia poemas.

Os Jogos Olímpicos de Pequim são um óptimo exemplo de que a ditadura é altamente. Os chineses ganharam mais medalhas de ouro que qualquer outro país, porque 60 anos de repressão ditatorial transformaram-nos em verdadeiras máquinas atléticas. O facto de que os putos são tirados à família aos 6 anos para treinarem, só faz deles homens mais cedo e é algo a copiar.

Dê por onde der, o que o povo precisa é de gente a mandar com pulso de ferro. Está nos genes das massas ser mandado, senão andam infelizes e queixam-se de tudo. Proponho a minha exaltação espontânea como Imperatore de Portucale, e prometo que apenas executarei quem não for giro ou usar penteados estranhos.

Se estás a ler isto e és capitão de Abril, mata-te. Espero que te nasça uma chaimite no cólon.

10 de setembro de 2008

Tokyo Hotel

A vida é um bocado irónica.

Por vezes passamos longos períodos de tempo a lutar para que algo aconteça, algo que obviamente nos interessa bastante, mas que se recusa teimosamente a acontecer por mais que tentemos. Quando finalmente parece que todos os nossos esforços vão dar em algo, a vida espeta-nos um banano nos queixos, e vêmo-nos forçados a apanhar os destroços do nosso ego.

Não, não estou a falar de mim. Estou a falar de um grupo de masturbadores que no momento em que leram o título deste texto automaticamente rechearam as suas cuecas do Noddy com sémen e abriram as garrafas de Champomy. Esse grupo de falhados são os Anti-Tokyo Hotel.

Este é o momento em que a vida (neste caso, eu) lhes espeta um crenco nas trombas.

Estes indivíduos julgam que são defensores de uma causa nobre, que é o dizer mal de tudo o que tenha a ver com essa banda de merda que são os Tokyo Hotel. É verdade, os Tokyo Hotel são uma banda de merda, o vocalista vive perigosamente na fronteira entre os géneros, os fãs são irritantes pra cachucho e eu não pertenço à banda, logo é merda. Mas isto além de ser uma clássica constatação do óbvio é descrever metade das bandas pop que para aí andam.
Não obstante, os senhores pertencentes ao clube-dos-falhados-que-têm-inveja-de-uma-banda-de-merda acham que é sua missão divina criar sites puramente dedicados ao constante ódio e insulto dos Trampa Hotel (sim, eu vejo a ironia de uma afirmação destas vinda da MINHA parte, mas o meu blog ao menos é dedicado a odiar TUDO e nunca me alongo muito sobre o mesmo tema), nos quais podemos ver as horas que estes bisontes perderam a editar vídeos nos quais os membros da tal banda são decepados por 30 tipos diferentes de machados digitais, ou nos quais as letras originais, já de si merdosas, são alteradas para algo que menciona sodomia de 10 em 10 segundos.

Só eu que acho perturbador que haja gente que perca horas a fazer estas coisas?

O mais irónico desta situação, é que os sites de fãs de Tokyo Hotel são terrivelmente parecidos. Também somos confrontados com todo o tipo de informação acerca da banda, desde a cor dos olhos até à cor das cuecas, e também podemos encontrar vídeos com montagens de photoshop chungas. A única coisa que muda é o tom.

Eventualmente estes dois tipos de deficientes enfrentam-se nesse grande ringue de boxe que é a internet, e o que acontece é que garotos com falta de sexo acabam a trocar galhardetes com pitas cujo conceito de fixe é um gajo com um pavão na cabeça. Devo dizer que ler as discussões destes falhados foi o mais perto que estive de entrar em depressão até hoje.

E porque carga de água é que eu, sendo uma pessoa tão importante e ocupada, me dei ao trabalho de visitar esses antros de deficiência e chafurdar em toda essa estupidez? Em circunstâncias normais, a minha atitude seria pura e simplesmente verificar a existência de tais criaturas, soltar uma interjeição de escárnio, e adicionar mais duas linhas à minha lista de "A genocidar". No entanto esses ranhosos anti-Tokyo Hotel decidiram invadir o meu sagrado site e ousaram sugerir que eu escrevesse acerca do seu objecto de ódio. Quando os ignorei daquela forma que só eu sei fazer, acharam boa ideia mandar as suas sugestões para a minha caixa de correio.
Sugestões! Como se houvesse alguma opinião no mundo, sem ser a minha, que tenha algum valor. Enfiem as vossas sugestões onde o sol não brilha, e parem de linkar os vossos blogs medíocres ao meu.

Se estás a ler isto e vens de um dos blogs anti-Tokyo Hotel, que ultimamente tem mandado para aqui deficientes, mata-te, apaga o link que tens no teu site e mata-te outra vez.
Se estás a ler isto e gostas de Tokyo Hotel, mata-te porque *Inserir aqui opinião mais que óbvia acerca dessa banda e por isso mesmo totalmente redundante e aborrecida*

1 de setembro de 2008

Teoria da conspiração by Mete Nojo

Teorias da conspiração. Não há deficiente com acesso à internet que não tenha sido confrontado com uma, desde a clássica "os extraterrestres aterraram em Roswell em 1947" até à recente "o 11 de Setembro foi orquestrado pela Casa Branca". Todas estas teorias não passam de trampa alucinada, engendrada por virgens de 35 anos, cujo conceito de hobby inclui vestir-se de Mr. Spock e coleccionar pacotes de açúcar arquivados por ordem alfabética.

Eu também tenho hobbies, e eles são estragar estatísticas e quebrar a norma. Decidi então tornar-me o primeiro teórico da conspiração com hipóteses de reprodução.
Esta decisão apresenta uma consequência: eu tenho sempre razão, logo ao teorizar algo, a potência da minha razão é tal, que o Universo ao meu redor tem de se adaptar de forma a que o que eu afirmo seja verdade. Pois é jovens, rezem para que eu nunca teorize que todos os deficientes que comentam este blog têm narsos a nascer na testa.
Sendo assim, passo a apresentar a minha teoria da conspiração, que logo após eu terminar de escrever, vai causar flutuações quânticas no universo, tornando-a numa verdade absoluta:

Bin Laden chama-se Carla e é portuguesa.

É isso mesmo meus deficientes, o terror do grande Satã, o maior terrorista da história do Homo Sapiens, é na realidade uma gaja, e portuguesa.
Quando revelei esta informação em público, ao invés de uma ovação geral de admiração, fui confrontado com uma chuva de críticas e contra-argumentos, tal como Einstein e Darwin, quando estes apresentaram as suas teorias revolucionárias para as suas épocas. É sempre assim, os génios são sempre confrontados com a ignorância e inveja do resto da Humanidade.

Começo então por descascar a minha teoria e comprová-la irredutivelmente:

Ponto 1 - A Barba do Bin Laden:

Para a grande maioria das pessoas a presença de uma grande barba em Bin Laden é factor decisivo na atribuição do género masculino ao indivíduo. Duvido que as pessoas que pensam dessa forma alguma vez tenham visitado a aldeia de Róismerda da Palhaça, Beira Litoral. Nessa povoação à primeira vista parecia que apenas viviam homens, mas após testes de DNA, concluiu-se que a distribuição dos géneros é na ordem dos 50%-50%. Encontrei um panfleto turístico desta aldeia que explica o porquê deste equívoco:



Em países anglófonos circulam cartazes turísticos como este,
criados pela Junta de Freguesia de Róismerda.



Ponto 2 - Trejeitos do Bin:

Agora que provei que Bin Laden pode ter barba e ser uma gaja, passo a mostrar uma foto que circulou muito pela internet e que é um óbvio indicador do género de Carla Bin Laden:



Bin Laden na intimidade do seu lar.


Se o jeitinho como Bin Laden agarra não mãozinha não é por si só um grito de afirmação feminina, então as sobrancelhas obviamente depiladas e a farpela imaculadamente branca, apesar de viver em cavernas no meio do nada, são os elementos que faltavam para provar que Bin tem dois cromossomas X.
Os membro do departamento de relações públicas de Bin Laden, sempre atentos aos sinais indicadores do verdadeiro género de Bin, colocaram astutamente uma AK-47 na tentativa de lhe ar um ar ameaçador e másculo. Fontes seguras garantem-me que após a sessão fotográfica, Bin Laden deitou fora a espingarda porque "não dizia bem com as cortinas da caverna".

Ponto 3 - Bin tem cabeleireiro na caverna:
Reparem na foto abaixo

Bin em 2004 e 2007. Cada vez mais Carla.

Quem é que pinta o cabelo, enquanto anda foragido pelas montanhas do Paquistão, com meia CIA atrás e rodeado por uma hoste de terroristas islâmicos?
Gaja. Só pode.

Ponto 4 - O nome e a nacionalidade:
Perguntam vocês como é que eu sei que Bin Laden se chama Carla e é portuguesa? Simples, li na internet. Num fórum qualquer. Não sei que melhor prova é que precisam.

Se estás a ler isto e não percebes como é possível esta verdade tão óbvia te ter escapado, não te preocupes. Não espero que tenhas qualquer raciocínio lógico, da mesma forma que não espero que um peru escreva os Lusíadas.

Matem-se conspiratoriamente.