21 de novembro de 2009

Pingo Doce

Ah... os intervalos publicitários da televisão. Um mal necessário ao qual todos nós já nos habituámos, e com o qual temos uma relação amor-ódio desde que éramos putos e nos interrompiam os desenhos animados para nos venderem brinquedos ridículos e doçaria duvidosa.

Esta tolerância que décadas de publicidade forçada nos impuseram no
organismo, pode em certos casos ser totalmente ultrapassada, sem qualquer aviso prévio. Isto acontece quando surge nos ecrãs um daqueles spots televisivos possuidor de um factor trampa tão elevado, que o telespectador vê a sua capacidade de encaixe de treta estoirar e imediatamente regurgita o jantar na carpete.
Já há uns tempos que não se assistia a um destes exemplos de mau gosto televisivo e como todas as calamidades cujo acontecimento se vai afastando no tempo, a memória destes anúncios começou a desvanecer-se e a assumir contornos mitológicos. Foi talvez por essa falsa sensação de segurança, que quando deparados com a nova campanha publicitária do Pingo Doce, os telespectadores portugueses foram apanhados de surpresa e redescobriram a sensação de um ataque de convulsões em frente ao televisor.Esta campanha, concebida pela Comsom, tem o mesmo efeito no telespectador que um biqueiro nos tomates: apanha-nos de surpresa, não dói ao princípio e pode levar ao vómito ao fim de 30 segundos.

Começando pelo spot mais longo que deu início à campanha, dá a sensação que o Pingo Doce fartou-se de vender fruta e esfregonas e decidiu entrar no ramo da hotelaria, pois vêmo-nos no meio daquilo que parece ser um anúncio às Pousadas de Portugal ou à campanha "Vá para fora cá dentro". Aos 25 segundos do spot, já com o espectador habituado a belas paisagens naturais e cenas bucólicas tipicamente portuguesas, os senhores do departamento de marketing do Pingo Doce (os quais a partir deste momento passarão a ser referenciados como "montes de esterco") dão-nos aquilo a que apenas se pode chamar de fantástico contributo para o panteão de símbolos tipicamente portugueses:


Um camião de distribuição de alimentos refrigerados, grande símbolo nacional.

Ainda o espectador tenta enfiar um lápis na boca de forma a não engolir a língua, e já os montes de esterco sobem a parada para o simbolismo foleiro/fascista. Vindo do nada, surge um avôzinho, de chapéu de cowboy, com a bandeira portuguesa a esvoaçar ao vento por detrás. Não sei porquê, mas parece-me já ter visto esta imagem algures...


Ahhh, regimes totalitários... os vossos ensinamentos não se perderam.

A partir daqui, o anúncio segue os padrões normais deste tipo de anúncio, com o habitual empregado de sorriso pepsodent e a fiada de frutos e vegetais tão perfeitinhos que só podem saber a trampa. Apenas quero apontar para uma imagem perturbadora que surge já perto do final, com um protagonista que ainda vai dar mais que falar neste meu desabafo. Quem conseguir adivinhar o que há de perturbador neste vídeo, é menos deficiente que o normal:


Predador sexual em acção.

Este anúncio, tão cuidadosamente elaborado pelos montes de esterco, apesar de efeitos devastadores na saúde mental dos espectadores, é apenas o primeiro de uma onda de deficiência televisiva, cujo objectivo só pode ser o de levar ao suicídio colectivo de toda a gente que tem um televisor. No seu encalço chega mais uma mão cheia de spots, com personagens que caem logo nas boas graças do espectador, se por boas graças entendermos uma vontade incontrolável de enterrar os polegares nos olhos de alguém.

O primeiro conta com a participação de um senhor que é o resultado do acasalamento entre a personagem do Joker protagonizado por Jack Nicholson, e uma bicha de cabaret. Esta espécie ainda não catalogada, vem no seu jeito tão característico, ajudar-nos a compreender um mistério que mistifica os eruditos desde a alvorada da civilização:
O que carago é o BRIX?

Não fora o facto de este ser provavelmente o conceito mais inútil da história da Humanidade, o ser explicado pela versão portuguesa do chupa-cabra, seguramente não ajuda nada à credibilidade do assunto.


A razão pela qual o sexo interespécies deveria ser interdito

Para acabar, os montes de esterco ressuscitam uma personagem do primeiro spot, que apesar de em apenas 2 segundos já ter tido uma presença perturbadora, é trazido para a ribalta, de modo a assegurar que ninguém fica intocado pela sua deficiência.
Este senhor, dono de um sorriso pedófilo como já não se via desde os tempos do 1-2-3, entra por nossas casas em grande plano, com a intenção de provar que além de predador sexual, é possível ser-se um grande idiota.
Com uma bela interpretação que seria digna de Óscar, este pai natal desempregado vem-nos repetir vezes incontáveis o seu nome, seguindo uma lógica directamente importada de um parque infantil (é óbvio que este senhor passa muito tempo nas cercanias de tais sítios), segundo a qual o nome dele não muda, tal como os preços do Pingo Doce. Outra coisa que não muda é o factor ridículo, que se mantém a um nível alto record ao longo de toda a duração do vídeo.

Estes anúncios são tão maus, que eu pergunto-me se não terão sido feitos assim de propósito, para que gente como eu falasse nisso. Se assim for, os montes de esterco são obviamente seguidores da máxima "publicidade negativa é publicidade". Qualquer que seja a razão, o facto de que me dá vontade de sufocar alguém com uma almofada de cada vez que uma destas trampas passa na TV, não deixa de ser uma realidade.

Se estás a ler isto e trauteias alegremente o pseudo-fado da campanha, espero que da próxima vez que fores a um Pingo Doce, sejas encurralado pelo velho pedo e pelo Joker/Chupacabra na ala dos lacticínios e que eles te expliquem o que é o Brix e como se chamam, de Janeiro a Janeiro. Matem-se.


PS - Para os deficientes que não viram os links para os vídeos acima:

Spot inicial: http://www.youtube.com/watch?v=Nmj6_ZTbBLk

BRIX: http://www.youtube.com/watch?v=jyJo3WtGFsI

António Melo de Sousa e Trampa: http://www.youtube.com/watch?v=L2-OrhOi6_0

20 de novembro de 2009

Mete Nojo lives again!

Olá pilhas de estrume com pernas, estou de volta.

Não vale a pena porem-se com perguntas patéticas acerca do que se passou durante este ano, porque eu não vou perder tempo a justificar o meu hiato literário. Não porque não tenha uma razão válida, mas porque vocês são trampa e não merecem qualquer tipo de justificação da minha parte.

Já sei que os habituais montes de esterco que fazem do seu passatempo preferido vir ao odeiocoisas deixar os seus comentários dignos de pena (mesmo depois de eu não escrever durante quase um ano... que falhados), vão aproveitar para criticar a "falta de qualidade" dos próximos exemplos de génio literário que eu produzir aqui.
Como não me apetece estar a responder a esses imbecis um de cada vez, deixo aqui uma resposta que serve para todos:


Matem-se.

3 de dezembro de 2008

Mensagem importante para todos aqueles que me têm pedido para escrever qualquer coisa



A mim ninguém me diz o que fazer. Vou escrever quando achar que devo escrever, o que é o mesmo que dizer que a vossa participação no processo de decisão é nula. Quem não gostar, siga as instruções da imagem.


Matem-se

29 de outubro de 2008

Pobres

Pobres é merda.

Sempre que me encontro rodeado por gente com pouca liquidez financeira, vulgo pobres, sinto um mau estar que não consigo afastar. Não há volta a dar, pobres são a pior coisa que anda para aí, com excepção talvez daqueles montes de trampa que são os pseudo-comentadores deste blog.

Os pobres cheiram mal.

Quando me encontro na mesma divisão que gente pobre, apercebo-me que a higiene pessoal destas entidades deixa muito a desejar. Se não têm dinheiro para comprar desodorizante, matem-se e parem de espalhar o vosso cheiro a pobre pelo mundo.

Os pobres não falam bem.

Pobre que é pobre, não tem dinheiro para usufruir do sistema educativo. Burros. Estou farto de corrigir pobres que acham que se diz "há-des" e "prontos".

Os pobres praticam o coito desprotegido.

O pobre comum, não tem dinheiro para pagar putedo, muito menos preservativos. Isto quer dizer que a taxa de reprodução do pobre é muito superior à do resto da população. Com o passar dos anos, em vez de haver menos pobres, há mais. Merda ao quadrado.

Os pobres não pagam copos.

Alguém aqui tem amigos pobres que pagam rodadas? Bem me parecia. Egoístas de merda, esses pobres.

Os pobres são a causa da crise internacional.

Toda a gente sabe que a culpa dos bancos terem todos dado o badagaio foi a existência de demasiados pobres. Se não houvesse tantos pobres, havia mais dinheiro, logo os bancos tinham melhores clientes. Pobres, matem-se.

Ninguém quer ser pobre.

Para quem acha que é moralmente superior a mim só porque eu digo que os pobres são merda, estão tenho uma pergunta: Gostarias de ser pobre?
100% das pessoas dirão "não", logo toda a gente concorda comigo quando digo que pobres é merda.


Se estás a ler isto e és pobre, tens 30 segundos para te pores a andar dessa casa antes que o alarme dispare. Pobres não têm dinheiro para ter computadores.

11 de setembro de 2008

Democracia é gay, Fascismo é fixe


Estava a ver uma peça qualquer da RTP Memória - sim, eu sei que esse canal é um dos maiores desperdícios de largura de banda da história da Humanidade, mas a alternativa eram As Tardes da Júlia - quando deparei com uma entrevista feita em 1968 a três aldeões de Carcovedos de Trampões. A princípio julguei que estava a assistir ao rescaldo de um combate de boxe, pois nenhum dos entrevistados possuía mais de 30% da sua dentição, mas logo percebi que era mesmo um programa acerca da vida no campo.
O entrevistador - um senhor dono de uma voz típica dos locutores do Estado Novo, anasalada e reveladora de um cabo de vassoura enfiado no rabo - perguntava a estes três senhores como tinha corrido a vida nesse ano. A isto respondiam os aldeões com um discurso carregado de sotaque e erros gramaticais acerca de colheitas e vacas e o camandro.

Algo estava errado. A cena poderia-se ter passado em 2008, mas havia uma grande diferença: não ouvi uma única queixa. Ali estavam três das criaturas mais pobres à face da terra, cujo conceito de luxo é poder trocar de cuecas todas as semanas, e que de certeza que teriam milhares de razões para se queixarem da vida, mas segundo eles "a vida no campo é difícil, mas a gente aguenta."
Que senhores rijos! Burros que nem penedos e com vistas mais curtas que o pénis de um lutador de sumo, mas verdadeiros exemplos de masculinidade, porque um homem não se queixa nem que lhe estejam a calcar os tomates.

Mudei para a SIC Notícias e alguém estava a ser entrevistado acerca de uma seca qualquer que lhe tinha dado cabo da plantação de nabos. Este senhor, dono de uma dentição completa e perfeitamente alinhada, queixava-se do governo que não tinha feito nada para impedir a seca, e em quem as culpas recaíam totalmente. Presumo que este senhor desejava que os idiotas no poder mandassem um faxe àquela associação internacional que controla o tempo, a pedir chuvinha moderada. Basicamente, um maricas.

Fiquei a remoer aquela experiência e lembrei-me que na primeira entrevista Portugal era uma ditadura, e havia indivíduos no poder com penteados ridículos mas com polícias secretas com técnicas de tortura comprovadas. Já na segunda, feita nos dias de hoje, Portugal é uma democracia, na qual qualquer idiota pode votar, mesmo que seja um grande deficiente da cabeça.
Até vocês, seus eleitores, podem deduzir qual a conclusão inevitável: Ditadura faz de nós homens, democracia torna-nos em maricas.

É um ponto bastante fácil de defender, e esta tabela cheia de factos totalmente imparciais é prova irrefutável:



Tabela I: As virtudes da ditadura são óbvias. Clicar para ver melhor.

As próprias pessoas que lutaram contra a ditadura em Portugal, sem se aperceberem, também concordam que a ditadura foi o melhor que aconteceu a este país. Imaginem onde estaria Mário Soares hoje, se não tivesse existido um Estado Novo para combater? Era provavelmente mais um velho desconhecido num lar de idosos a mijar a fralda.
Mesmo esse grande ícone comunista que foi Álvaro Cunhal, provavelmente vos diria que foi a luta contra a ditadura que fez dele o homem que era. Tenho que admitir que o tipo para comunista era rijo pra camandro, tirando as alturas em que ficava amaricado e escrevia poemas.

Os Jogos Olímpicos de Pequim são um óptimo exemplo de que a ditadura é altamente. Os chineses ganharam mais medalhas de ouro que qualquer outro país, porque 60 anos de repressão ditatorial transformaram-nos em verdadeiras máquinas atléticas. O facto de que os putos são tirados à família aos 6 anos para treinarem, só faz deles homens mais cedo e é algo a copiar.

Dê por onde der, o que o povo precisa é de gente a mandar com pulso de ferro. Está nos genes das massas ser mandado, senão andam infelizes e queixam-se de tudo. Proponho a minha exaltação espontânea como Imperatore de Portucale, e prometo que apenas executarei quem não for giro ou usar penteados estranhos.

Se estás a ler isto e és capitão de Abril, mata-te. Espero que te nasça uma chaimite no cólon.

10 de setembro de 2008

Tokyo Hotel

A vida é um bocado irónica.

Por vezes passamos longos períodos de tempo a lutar para que algo aconteça, algo que obviamente nos interessa bastante, mas que se recusa teimosamente a acontecer por mais que tentemos. Quando finalmente parece que todos os nossos esforços vão dar em algo, a vida espeta-nos um banano nos queixos, e vêmo-nos forçados a apanhar os destroços do nosso ego.

Não, não estou a falar de mim. Estou a falar de um grupo de masturbadores que no momento em que leram o título deste texto automaticamente rechearam as suas cuecas do Noddy com sémen e abriram as garrafas de Champomy. Esse grupo de falhados são os Anti-Tokyo Hotel.

Este é o momento em que a vida (neste caso, eu) lhes espeta um crenco nas trombas.

Estes indivíduos julgam que são defensores de uma causa nobre, que é o dizer mal de tudo o que tenha a ver com essa banda de merda que são os Tokyo Hotel. É verdade, os Tokyo Hotel são uma banda de merda, o vocalista vive perigosamente na fronteira entre os géneros, os fãs são irritantes pra cachucho e eu não pertenço à banda, logo é merda. Mas isto além de ser uma clássica constatação do óbvio é descrever metade das bandas pop que para aí andam.
Não obstante, os senhores pertencentes ao clube-dos-falhados-que-têm-inveja-de-uma-banda-de-merda acham que é sua missão divina criar sites puramente dedicados ao constante ódio e insulto dos Trampa Hotel (sim, eu vejo a ironia de uma afirmação destas vinda da MINHA parte, mas o meu blog ao menos é dedicado a odiar TUDO e nunca me alongo muito sobre o mesmo tema), nos quais podemos ver as horas que estes bisontes perderam a editar vídeos nos quais os membros da tal banda são decepados por 30 tipos diferentes de machados digitais, ou nos quais as letras originais, já de si merdosas, são alteradas para algo que menciona sodomia de 10 em 10 segundos.

Só eu que acho perturbador que haja gente que perca horas a fazer estas coisas?

O mais irónico desta situação, é que os sites de fãs de Tokyo Hotel são terrivelmente parecidos. Também somos confrontados com todo o tipo de informação acerca da banda, desde a cor dos olhos até à cor das cuecas, e também podemos encontrar vídeos com montagens de photoshop chungas. A única coisa que muda é o tom.

Eventualmente estes dois tipos de deficientes enfrentam-se nesse grande ringue de boxe que é a internet, e o que acontece é que garotos com falta de sexo acabam a trocar galhardetes com pitas cujo conceito de fixe é um gajo com um pavão na cabeça. Devo dizer que ler as discussões destes falhados foi o mais perto que estive de entrar em depressão até hoje.

E porque carga de água é que eu, sendo uma pessoa tão importante e ocupada, me dei ao trabalho de visitar esses antros de deficiência e chafurdar em toda essa estupidez? Em circunstâncias normais, a minha atitude seria pura e simplesmente verificar a existência de tais criaturas, soltar uma interjeição de escárnio, e adicionar mais duas linhas à minha lista de "A genocidar". No entanto esses ranhosos anti-Tokyo Hotel decidiram invadir o meu sagrado site e ousaram sugerir que eu escrevesse acerca do seu objecto de ódio. Quando os ignorei daquela forma que só eu sei fazer, acharam boa ideia mandar as suas sugestões para a minha caixa de correio.
Sugestões! Como se houvesse alguma opinião no mundo, sem ser a minha, que tenha algum valor. Enfiem as vossas sugestões onde o sol não brilha, e parem de linkar os vossos blogs medíocres ao meu.

Se estás a ler isto e vens de um dos blogs anti-Tokyo Hotel, que ultimamente tem mandado para aqui deficientes, mata-te, apaga o link que tens no teu site e mata-te outra vez.
Se estás a ler isto e gostas de Tokyo Hotel, mata-te porque *Inserir aqui opinião mais que óbvia acerca dessa banda e por isso mesmo totalmente redundante e aborrecida*

1 de setembro de 2008

Teoria da conspiração by Mete Nojo

Teorias da conspiração. Não há deficiente com acesso à internet que não tenha sido confrontado com uma, desde a clássica "os extraterrestres aterraram em Roswell em 1947" até à recente "o 11 de Setembro foi orquestrado pela Casa Branca". Todas estas teorias não passam de trampa alucinada, engendrada por virgens de 35 anos, cujo conceito de hobby inclui vestir-se de Mr. Spock e coleccionar pacotes de açúcar arquivados por ordem alfabética.

Eu também tenho hobbies, e eles são estragar estatísticas e quebrar a norma. Decidi então tornar-me o primeiro teórico da conspiração com hipóteses de reprodução.
Esta decisão apresenta uma consequência: eu tenho sempre razão, logo ao teorizar algo, a potência da minha razão é tal, que o Universo ao meu redor tem de se adaptar de forma a que o que eu afirmo seja verdade. Pois é jovens, rezem para que eu nunca teorize que todos os deficientes que comentam este blog têm narsos a nascer na testa.
Sendo assim, passo a apresentar a minha teoria da conspiração, que logo após eu terminar de escrever, vai causar flutuações quânticas no universo, tornando-a numa verdade absoluta:

Bin Laden chama-se Carla e é portuguesa.

É isso mesmo meus deficientes, o terror do grande Satã, o maior terrorista da história do Homo Sapiens, é na realidade uma gaja, e portuguesa.
Quando revelei esta informação em público, ao invés de uma ovação geral de admiração, fui confrontado com uma chuva de críticas e contra-argumentos, tal como Einstein e Darwin, quando estes apresentaram as suas teorias revolucionárias para as suas épocas. É sempre assim, os génios são sempre confrontados com a ignorância e inveja do resto da Humanidade.

Começo então por descascar a minha teoria e comprová-la irredutivelmente:

Ponto 1 - A Barba do Bin Laden:

Para a grande maioria das pessoas a presença de uma grande barba em Bin Laden é factor decisivo na atribuição do género masculino ao indivíduo. Duvido que as pessoas que pensam dessa forma alguma vez tenham visitado a aldeia de Róismerda da Palhaça, Beira Litoral. Nessa povoação à primeira vista parecia que apenas viviam homens, mas após testes de DNA, concluiu-se que a distribuição dos géneros é na ordem dos 50%-50%. Encontrei um panfleto turístico desta aldeia que explica o porquê deste equívoco:



Em países anglófonos circulam cartazes turísticos como este,
criados pela Junta de Freguesia de Róismerda.



Ponto 2 - Trejeitos do Bin:

Agora que provei que Bin Laden pode ter barba e ser uma gaja, passo a mostrar uma foto que circulou muito pela internet e que é um óbvio indicador do género de Carla Bin Laden:



Bin Laden na intimidade do seu lar.


Se o jeitinho como Bin Laden agarra não mãozinha não é por si só um grito de afirmação feminina, então as sobrancelhas obviamente depiladas e a farpela imaculadamente branca, apesar de viver em cavernas no meio do nada, são os elementos que faltavam para provar que Bin tem dois cromossomas X.
Os membro do departamento de relações públicas de Bin Laden, sempre atentos aos sinais indicadores do verdadeiro género de Bin, colocaram astutamente uma AK-47 na tentativa de lhe ar um ar ameaçador e másculo. Fontes seguras garantem-me que após a sessão fotográfica, Bin Laden deitou fora a espingarda porque "não dizia bem com as cortinas da caverna".

Ponto 3 - Bin tem cabeleireiro na caverna:
Reparem na foto abaixo

Bin em 2004 e 2007. Cada vez mais Carla.

Quem é que pinta o cabelo, enquanto anda foragido pelas montanhas do Paquistão, com meia CIA atrás e rodeado por uma hoste de terroristas islâmicos?
Gaja. Só pode.

Ponto 4 - O nome e a nacionalidade:
Perguntam vocês como é que eu sei que Bin Laden se chama Carla e é portuguesa? Simples, li na internet. Num fórum qualquer. Não sei que melhor prova é que precisam.

Se estás a ler isto e não percebes como é possível esta verdade tão óbvia te ter escapado, não te preocupes. Não espero que tenhas qualquer raciocínio lógico, da mesma forma que não espero que um peru escreva os Lusíadas.

Matem-se conspiratoriamente.

28 de agosto de 2008

O paradoxo do coiso

Com a chegada do calor, vejo-me obrigado a deslocar-me a sítios mais frescos, de forma a não queimar os fusíveis. Odiar produz muita energia térmica, e a máquina tem de ser refrigerada de quando em vez, indo a uma praia e enfiando o cabedal na água.
Isto traz o inconveniente de colocar a minha excelentíssima pessoa no mesmo hectare que outros cinco milhares de seres humanos, coisa que é tão agradável como uma colonoscopia realizada por um macaco cego com um piaçaba na mão.
Sou portanto obrigado a fazer alguma espécie de actividade recreativa, de forma a tentar abstrair-me do povo todo que me cerca. Algumas das minhas actividades lúdicas favoritas são espezinhar dunas, soterrar putos que estejam a abrir covas na areia e abater focas bebés à bordoada, entre outras coisas divertidas.

Uma vez estava eu na praia, ocupado a ignorar um daqueles putos irritantemente burros que parece que se perdem dos pais de 5 em 5 minutos e depois choram baba e ranho enquanto vêm pedir ajuda a estranhos, quando reparei num facto curioso: o fio dental já não é moda só no Brasil, e grandes manadas de gajedo por estes lados do Atlântico já aderiram à cueca enfiada na gaveta. "Espectáculo!" pensou o meu narso, "Cerveja!" pensou o meu fígado, "Porcas!" disse a cinquentona invejosa que se encontrava por perto e cuja pele desistiu de lutar contra a gravidade há pelo menos duas décadas. Não pude deixar de concordar com os três, já que realmente são umas porcas, o que é um espectáculo, e cerveja é sempre fixe, qualquer que seja o assunto que se esteja a discutir.

Como não podia deixar de ser, este estado de espírito quase positivo em que me encontrava, não durou muito tempo - ao contrário da ponteira com que estava - e rapidamente reparei noutro comportamento que o clube fio dental exibia. Através da linguagem corporal das gajas-cueca-na-gaveta deu para perceber que algo as incomodava.

Esse algo era eu.

Durante uns segundos pensei que isso era perfeitamente natural, visto que a minha presença é o suficiente para fazer azedar o leite e aumentar o número de abortos espontâneos, mas depois percebi que não era a minha aura de terror que as estava a incomodar, mas sim a direcção na qual os meus olhos apontavam: para as regueifas delas.

Rapidamente o incómodo ultrapassou a vergonha e as jovens com wedgies voluntários começaram a lançar impropérios verbais na minha direcção. De entre os comentários que me foram dirigidos, destaco o "Para onde é que estás a olhar?" e "Não tens nada melhor que fazer, oh tarado?". Ora bem, o primeiro comentário fez-me concluir que o gene responsável por traseiros jeitosos é incompatível com o gene responsável pela inteligência. Se uma gaja de fio dental tem de perguntar para onde é que eu estou a olhar, então vai enfrentar grandes dificuldades quando finalmente se decidir a aprender a ler.
O segundo comentário levantou uma questão pertinente, que foi porque é que eu só estava ali parado a olhar, em vez de chegar lá e espetar um sopapo no padiolo da gaja? Nem sequer me arriscava a que as pessoas me chamassem de tarado, porque já o tinham feito, e se ia ter a fama, porque não ter também o proveito?

Após marcar cada uma daquelas toiras com a marca da ganadaria Mete Nojo (exemplificada na imagem abaixo), gerou-se um certo sururu, nomeadamente da parte dos namorados das minhas novas conquistas, que não sei porquê, não acharam piada à situação.


Dois belos exemplares da ganadaria Mete Nojo.


Após ter desancado meio concessionário, afundado três barcos pesqueiros e arrasado o farol de sinalização, sentei-me a pensar nas implicações filosóficas desta questão do exibicionismo nas praias. Este exercício mental teve como fruto a teoria que baptizei de "paradoxo do coiso":

Paradoxo do Coiso, by Mete Nojo:

Membros do sexo feminino gastam enormes recursos económicos bem como de tempo na busca da perfeição física. A principal motivação desta demanda é a exibição destes atributos aos membros do sexo oposto, e a aceitação por parte destes. No entanto, é aqui que surge o paradoxo do coiso, pois é suposto que os membros do sexo oposto finjam que não estão a reparar no cabedal do gajedo, sob pena de serem acusados de tarados.

Ultrapassa-me que uma pessoa que ande com um decote até ao umbigo fique muito escandalizada com o facto da população masculina se recusar a olhar-lhe para os olhos. É o mesmo que eu andar com o narso de fora e estar à espera que tudo o que seja gaja não fuja quando eu me aproximo. Bem, sempre existem aquelas porcas que em vez de fugir, correm na minha direcção, mas divago.

Se estás a ler isto e não percebeste o paradoxo do coiso, então vai para a rua em pelota e tenta conversar com alguém que não seja um agente da autoridade.

E mata-te já agora, que eu já não estou de férias.

PS - Acabo de descobrir que já existe uma universidade dedicada a estudar o paradoxo do coiso exclusivamente: Universidade do Coiso

15 de julho de 2008

10 coisas que eu odeio no Verão


O Verão. Muita gente diria que é a sua época do ano preferida porque tem gajas mais desnudadas, mais bebedeiras e sexo mais frequente, derivado do aumento em flecha da sede de sarda de muitas gajas.


Gráfico totalmente irrelevante, cuja razão de ser tem a ver com o facto de
que já não insultava as mulheres faz uns tempos e porque me apeteceu abrir o Excel.

Não posso deixar de concordar, mas parece que toda a gente se esquece de que esta época do ano também é fertil em questão de trampa. Nomeadamente existem 10 coisas no Verão que fazem apitar o alarme de ódio:

1.- Música - Durante o resto do ano ligar o rádio assemelha-se a meter os dedos num triturador de carne, mas durante o Verão quando ligo o rádio sinto que estou a enfiar o escroto numa piscina de piranhas em avançado estado de subnutrição. Tudo o que é monte de merda com acesso a um estúdio de gravação, decide por estes meses gravar músicas de cariz patético, acerca do sol, do mar e de tudo o que as massas acéfalas associem às férias. Nesta ausência de temas em condições toda a integridade artística é prontamente sacrificada, em detrimento de vender CDs como se fossem tubos de vaselina num bar gay com bebidas grátis.
Estas letras despreocupadas e mais vazias que os cofres do Boavista, não seriam tão odiosas se não fossem acompanhadas por composições musicais dignas do tracto digestivo de uma ratazana. Se tiver mais de 3 notas no refrão, não soar a reggae chunga ou tiver um deficiente de sotaque brasileiro a cantar, então não estamos a ouvir uma música de Estio.

2.- Cinema - "Blockbuster de Verão". Uma expressão já não causava tanto terror como esta, desde que Carlos Cruz aprendeu a dizer "Queres um chupa?". Eu não sou defensor de filmes intelectualóides - que de tão "artísticos" roçam o desastre - mas também não consigo ver filmes capazes de fazer um paraplégico levantar-se e fugir. Alguns destes filmes são tão maus que eu às vezes interrogo-me se o público teste que utilizam para verificar a recepção que o filme vai ter, não consiste em três macacos de rhesus cegos e com metade do cérebro removido cirurgicamente.
O tema destas trampas de Agosto é invariavelmente algum desastre natural (já percorreram quase todos, desde vulcões a tornados, passando por explosões solares e subidas de impostos) ou as aventuras de algum super-herói com escolhas de guarda-roupa que lançam fortes suspeitas acerca da sua sexualidade. Qualquer que seja o tema, uma coisa é certa: é tudo uma bela trampa.
Se bem que é um grande alívio saber que muitos franchises de super-heróis ou já deram ou estão prestes a dar o que tinham a dar, temo que ainda existam 459 heróis da Marvel por adaptar para o grande ecrã, o que quer dizer que nos esperam pelo menos 459 verões com filmes de merda (sem contar com as sequelas). Malfadado o dia em que algum produtor de Hollywood decida fazer um filme com o homem-formiga, esse herói da Marvel que discutivelmente leva para casa o título de personagem fictícia mais patética da história.
Ah ok, parece que já algum deficiente se lembrou disso.


Ant-man chega aos cinemas no verão de 2010. O mundo acaba no dia seguinte.


Estes dois pontos anteriores demonstram uma coisa que não consigo perceber: no Verão as pessoas fazem questão de preferir coisas fúteis e que exijam tanto esforço intelectual quanto o exame nacional de matemática de 2008. Então durante a pôrra do Inverno, que é quando um gajo está mais stressado e ocupado, é que as pessoas preferem entretenimento mais pesado? E no verão, quando temos tempo e capacidade de encaixe maior é que somos bombardeados com tretas dignas de uma formação de como limpar o rabo a crianças? Ridículo.

3.- Emigrantes - Gente chata, barulhenta, maus condutores, porcos e com falta de civismo. Esperem aí.... acabo de me aperceber que descrevi 90% dos portugueses que cá vivem o ano todo. Portanto há que adicionar:

4.- Gente que não emigrou - Estes deficientes não só são tudo o que acabei de chamar aos emigrantes, como ainda por cima passam cá o ano todo a fazer exactamente o mesmo que os seus colegas emigrados apenas fazem em Agosto. Isto não os impede de passar julgamentos de superioridade quando confrontados com os seus primos de France. Matem-se ou emigrem, e lembrem-se que só eu é que posso julgar os outros, porque sou melhor que toda a gente.

5.- Turistas pé-rapado - Pois é, isto do turismo é muito bonito, mas a verdade é que nós sendo um país europeu ao alcance de todos os outros membros comunitários através de voos low-cost, tornámo-nos no destino turístico de eleição das massas pobres de países mais ricos que o nosso. Ainda nos poderíamos safar se o custo de vida fosse alto o suficiente para que estes deficientes sem cheta fossem para Espanha ou Itália, mas a verdade é que ainda é possível jantar, apanhar uma chiba e contratar os serviços de uma prostituta sem muitas doenças por meia dúzia de euros neste país.
Basta ir a Albufeira durante o mês de Agosto para perceber que estamos cercados pelos turistas mais pobres de todo o Reino Unido e Alemanha. São porcos, alcoólicos, gordos, não falam nenhuma língua além da materna, dão gorjetas de merda e conduzem Fords Fiesta. Se há merda que eu odeio é pobres que vão para países mais pobres para se sentirem ricos. Tipo nós, quando vamos ao Brasil ou a Marrocos. Odeio-nos e aos nossos hábitos turísticos.

Se estás a ler isto e estranhas o facto de eu dizer que odeio 10 coisas no Verão e só escrever sobre 5, então mata-te. Se me apetecer escrever o resto, assim o farei, se não fica aqui uma solução mais simples:

6.- Odeio-te a ti;
7.- Odeio a tua mãe;
8.- O teu pai, porque eu não sou sexista quando se trata de odiar;
9.- Odeio-te a ti outra vez;
10.- Coiso.

1 de julho de 2008

Super Bock, Super Monte de Trampa

Decidi concorrer ao Super Bock Blog Awards ao cheiro a 3000 euros de prémio. Durante umas semanas tive um sonho recorrente no qual me banhava numa piscina com 3000 euros de cerveja, rodeado por uma vara de biatches esparramadas ao sol e em topless. Enfim, um daqueles cenários que eu nem odeio muito.

Pois é, mas acabo de chegar à conclusão que não li os regulamentos muito bem, e ao invés de dinheiro, ou cervejas, se eventualmente ganhar este patético concurso, apenas tenho direito a cheques compra na Worten...
Ao descobrir isto, a minha primeira reacção foi negar a realidade. Por momentos cheguei a pensar que talvez a Worten vendesse grades de minis na secção dos aspiradores, mas assim que reassumi controlo do meu cérebro, a dura realidade abateu-se sobre mim, e apercebi-me que quem ganhar o concurso leva isto pra casa:


Como gajo do Norte que sou, desde há anos que defendo a rijeza da Super Bock em relação à Sagres. Não porque exista alguma razão especial para tal, mas apenas porque é fixe intimidar a malta de Lisboa que ainda acha que nós aqui somos meio selvagens. Nada é mais intimidante do que me ver a gritar "SAGRES É PRA MENINOS!" enquanto espumo da boca e viro três garrafas de Super Bock pela goela abaixo. Mas este último desenvolvimento não me deixa outra alternativa senão dizer que a Super Bock é rota, e rebaptizo-a para Super Monte de Trampa.

Não podia deixar passar impune esta situação, e portanto tanto a Super Bock, como a Worten, tinham de pagar. Quanto à primeira foi fácil, passei a beber cerveja Coral, que sabe a mijo, mas é de homem e isso deve fazer com que os lucros da Super Bock do segundo semestre de 2008 se reduzam para um terço. Quanto à Worten a situação apresentava-se um pouco mais difícil, porque não sou cliente desse ninho de bicheza, mas cedo me apercebi que tenho um blog frequentado por várias centenas de deficientes, cuja actividade mais emocionante do dia é ler a trampa que eu escrevo.

Ora bem, se vocês votarem no blog aqui do Mete Nojo, e eventualmente o prémio vier parar aqui ao je, podem esperar que eu pegue numa máquina de filmar, me dirija à Worten e exija 3000 euros em DVDs virgens. Vou esgotar o stock nacional da Worten em DVDs, causando inúmeras dores de cabeça a esses montes de trampa, e ao mesmo tempo vou ter um fornecimento vitalício de DVDs para colocar todo o porno que me apetecer. O vídeo desse acontecimento será colocado aqui no blog, a não ser que me recusem vender tal quantidade de DVDs, o que me obrigará a pegar fogo à loja, ou a comprar 20 aspiradores.

A única razão pela qual não tenho a certeza se vou ou não ganhar este concurso, é a vossa estupidez. Conhecendo a inteligência média do leitor d'As Coisas Que Eu Odeio, cheira-me que apenas meia dúzia terá a capacidade intelectual para encontrar o símbolo da Super Bock que pus aqui no blog, clicar neste, increver-se no site e votar, o que desde já me permite utilizar a rede de segurança argumentativa que é: SE EU PERDER A CULPA É VOSSA, LOGO EU CONTINUO A SER O MAIOR. Às vezes sou tão esperto que até dói.

Se estás a ler isto e achas que eu estou a fazer bluff e só escrevo isto para que vocês votem em mim, mata-te. Mesmo que tenhas razão, ao menos já não ficas com os louros de ter descoberto por ti próprio.

UPDATE 28/08/08: Ao recusar-me a beber Super Bock, causei uma inevitável descida nas vendas desta empresa: Sagres ultrapassa Super Bock

Eu rulo.