23 de agosto de 2007

Videntes + Distribuidores de panfletos = Aliança do mal

O problema das coisas que eu odeio é que são mesmo odiosas.

Já previamente tinha cuspido cá para fora o meu ódio figadal a videntes e distribuidores de panfletos, mas mesmo assim a mensagem não passou. Há gente que nunca aprende.

Como o monte de pus cobarde que são, estes dois tipos de bestas decidiram aliar-se de forma a atacar aqui o Mete Nojo, e se eu acreditasse que estes aminoácidos sabem ler, até diria que isto foi feito como retaliação pelos insultos que lhes dirigi.

Estas amibas com pernas decidiram imprimir uns panfletos a publicitar um vidente e colocá-los no limpa pára-brisas do meu carro. Como o distribuidor de panfletos comum não sabe contar, achou por bem deixar uma resma de papéis todos iguais no meu carro, para ter a certeza que deixava pelo menos um. Não faz sentido? Eu sei, insondáveis são os desígnios do distribuidor de panfletos.

Cego de ódio, conduzi até casa atropelando um par de peões pelo caminho, não porque seja mau condutor, mas porque mal conseguia ver a estrada com tanto papel no meu pára-brisas. Isto trouxe-me inúmeras dores de cabeça, porque tive que enterrar os cadáveres no quintal, e estou a ficar sem espaço na vala comum lá de casa. Tenho de arranjar um quintal maior.

De volta ao papéis, decidi queimá-los, mas não sem antes guardar um para o odiar com mais calma. Aqui está a foto:


A primeira coisa que se vê é o nome do meu inimigo: O auto-intitulado Professor Baba. Sendo um erudito, o professor achou por bem não se chamar a si mesmo algum nome de gente, do estilo Carlos ou Jorge, e optou antes pelos ruídos que um casal de babuínos faz durante o coito. Como se o facto de se ter um nome que até um paciente com uma lobotomia pré-frontal consegue pronunciar lhe desse mais credibilidade.
Pensando bem, sabendo o tipo de gente que acredita nestes palhaços, faz todo o sentido.

Somos de seguida bombardeados pelo título que o professor dá a si mesmo: "Grande Médium Vidente Internacional Especialista em todos os problemas". Isto é tão estúpido em tantos níveis diferentes que merece um parágrafo só para o mencionar.

Estúpido.

Para começar o professor diz que é "grande". Mas quem é que se descreve a si mesmo como "grande"? Nem Alexandre se chamava a si mesmo Grande. Foram os outros que depois de terem levado tanta porrada do rei grego lhe decidiram chamar isso para ver se o tipo se acalmava.
Se o professor fosse grande, não tinha de andar a espalhar panfletos impressos numa impressora de 1928, e já tinha conquistado pelo menos 3 países asiáticos na base da porrada.

Saltando o ridículo "médium vidente" chegamos ao patético "internacional". O que é que o professor quer dizer com internacional? Que não é de Portugal? Então mas isso só faz dele um falhado ou criminoso no seu país de origem, que teve de emigrar para não ser linchado. Não estou a ver de que maneira isso ajuda a vender a sua banha da cobra.
Talvez seja por isto que o professor afirma que "fala inglês também". Pena é que não saiba escrever inglês, e que apenas em 4 palavras consiga logo debitar um erro.
A única coisa de internacional que este senhor deve ter é o mandado de captura por tráfico de substâncias ilegais e burla agravada em países de terceiro mundo.

Logo a seguir temos a cereja em cima do bolo. O professor, talvez um pouco farto de escrever baboseiras no seu título, decidiu usar outra táctica e aplicar figuras de estilo. O paradoxo.
Baba afirma ser um "especialista em todos os assuntos", afirmação essa que faria qualquer estudioso da língua portuguesa devolver o conteúdo do seu estômago à luz do dia ou então aplaudir a ousada utilização de um paradoxo.

Odeio estudiosos da língua portuguesa.

Segundo um dos dicionários de língua portuguesa que para aí andam, esta é a definição de especialista:

Especialista:

s. 2 gén.,
pessoa que se ocupa exclusivamente de um ramo particular de uma
ciência, de uma arte, etc.;
perito.

Portanto Baba, apesar da tua ambição desmedida, não podes ser especialista em tudo. Como consolação fica o facto de seres um monte de merda especial, o que para ti e para a tua profissão tem o mesmo efeito prático.

Passando para o corpo da mensagem o cenário não melhora muito. Para que o destinatário do panfleto não fique mal habituado, o professor presenteia-nos logo com a maior martelada no português até ao momento: "adaptado de conhecimentos e poderes". Parece-me que o conhecimento de como escrever português em condições não foi "adaptado" em condições no professor.

O resto do texto não passa de uma listagem de possíveis "problemas" que o professor se propõe a resolver em menos de 48 horas, e não me dei ao trabalho de ler mais porque as minhas retinas, enjoadas com tanta parvoíce, decidiram fazer greve.

Já que o professor prometia resolver qualquer problema, resolvi telefonar-lhe a perguntar quanto tempo demoraria a lançar um mau olhado a distribuidores de panfletos de videntes. O cérebro do professor, como grande calculadora mental que é, demorou cerca de dois minutos até perceber que eu estava a falar dele e dos seus lacaios. Sem grande surpresa, desligou o telefone e deixou de atender os meus telefonemas.

Professor, se estás a ler isto dou-te um conselho: Da próxima vez que confundires o meu carro com um ecoponto, ao menos tem o discernimento de não escreveres a tua morada no papel. Mata-te antes que eu o faça por ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mete Nojo, o gajo mais másculo que conheci.
Tens o meu respeito.